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sábado, 13 de agosto de 2011

SEGUNDA SEMANA - FESTIVAL BAHIA EM CENA

Depois de uma estreia emocionante e com casa cheia, seguimos com mais um final de semana de apresentações. Quem ainda não viu o espetáculo ganhador do Prêmio Braskem de Teatro, aproveite.
Hoje (sábado, 13) e amanhã (domingo,14) as 20h, no Espaço Cultural da Barroquinha.
Ingressos: R$ 10 e R$ 5.
Imperdível!


sábado, 11 de junho de 2011

JUNHO - Um mês de Pólvora e Poesia

Mês de Junho, São João (Pólvora) e dia dos namorados (Poesia). Não estamos em cartaz mas estamos nas ruas:



Av. Garibaldi
Av. Magalhães Neto
Vasco da Gama / Rio Vermelho

terça-feira, 31 de maio de 2011

OBRIGADO SENHORAS E SENHORES

Encerramos a Terceira Temporada, e ninguém melhor que o público para falar como foi. O Espaço Cultural da Barroquinha esteve lotado no mês de maio. 
O nosso "Muito Obrigado" a BRASKEM pelo incentivo e reconhecimento, aos apoiadores e fornecedores pela parceria e envolvimento, a toda equipe do Espetáculo pela dedicação e paixão no trabalho, a Imprensa pela receptividade e pelo acesso do público, e nossos especiais agradecimentos, a vocês, Senhoras e Senhores, que embarcaram conosco neste Barco Ébrio.
Continuem por aqui que tem muitas novidades pela frente.
Até agosto, Salvador! 




imagem e edição:

segunda-feira, 18 de abril de 2011

AD-SINTO: BASTIDORES DE UM PRÊMIO



Naquele dia, o carpete da platéia do TCA parecia diferente. Parecia mais macio. A platéia também. Parecia enorme. Excesso de adrenalina no sangue, taquicardia, sensação de vertigem, formigamento nas mãos, um grito contido na garganta – era assim que estávamos. À tarde alguém teve febre emocional. Outro parafraseou o próprio texto: “Eu não vou!” Um morria de calor, outro queria entrar antes... era assim que estávamos. Os artistas dançavam, batíamos palmas, mas nosso rosto quase não se mexia do sorriso quase congelado. De vez em quando, um procurava o olhar do outro e voltava pra posição inicial: quieto, olhando pra frente.
Conheço o céu crivado de clarões... as trombas... exatas marés”.
Então nosso primeiro prêmio foi perdido. O rosto de Talis se manteve sorridente, mas sei que aquele silêncio acolheu alguns impropérios rápidos. Rápidos. Respiramos fundo. Aquele dava pra deixar passar? Muito embora pessoalmente ele pudesse ser validado, nosso sonho era outro. Entretanto, tínhamos que esperar. Este passou.
No bosque tem um pássaro. Tem um relógio que não toca nunca...”.
Na sequência, também não ganhamos o segundo. Neste caso, não pudemos olhar para o companheiro indicado. Rodrigo estava trabalhando na cerimônia. Mantendo outras criações que recortam a realidade num grão de pólen. Acho que aí descobrimos que nossa respiração estava presa...
Uma ou outra conversa boba com conhecidos entre um quadro e outro. Uma mão puxava a outra e encostava no coração: aos pulos! Pernas cruzadas balançando, unhas sendo comidas: - Fica quieta! Para com isso!
Coração, alma e sentidos se confundam com esses ais que exalam enlanguescidos, medronheiros e pinhais."
Quando o nome de Fernando foi chamado, nosso barco entrou em festa. Especialmente por vê-lo, mais uma vez, deixar sua marca particular frente a uma platéia daquela proporção. Ali ele ousou falar de amor. Provavelmente contrariando as expectativas que aguardavam o grande diretor falar de seus méritos, de seus feitos, do seu perfil de sucesso, ele chamou sua assistente e convidou seus colegas a reconhecerem outras importâncias. Ele fez diferente. Um misto de calma e euforia tomou conta de nós.
Para um rebelde como eu, mais do que para qualquer homem é necessário coonhecer o amor. É ser o próprio amor!”
O prêmio de Melhor ator também não foi nosso. Comemoramos o companheiro vencedor e nos demos conta, de repente: - Passou, não foi? Um pouco mais e não vamos agüentar.
Quando o mundo se reduzir a um só bosque negro para os nossos quatro olhos atônitos...”
Hoje me dou conta de que tentei olhar para os olhos de Wagner e entender o que ele estava lendo naquela ficha antes que lhe saísse pela boca. E então aquelas palavras saíram, grossas e fortes, poderosas, enchendo o ar: - ... o prêmio de melhor espetáculo para PÓLVORA E POESIA. E foi do fundo da terra que o nosso grito nasceu. Como um ronco imenso que: ou saía ou nos consumiria, nos faria virar pó ali, na frente de todo mundo.
Ah! Que esta quilha rompa! Que me engula o oceano!”
Nos transformamos em abraços e sorrisos. Buscávamos, uns aos outros, todos ao mesmo tempo, separados que estávamos pelas cadeiras, pelas pessoas que nos olhavam e aplaudiam sem parar. Em cima daquele palco, a emoção é impossível de descrever. Nada encaixa com nada, a visão é turva e o que expiramos é só prazer. A fala confusa de Talis representou muito bem a todos nós – o pensamento desordenado, endorfina gerando esquecimentos (pessoas caríssimas não foram citadas publicamente nos agradecimentos) e uma sensação louca de que aquela falta de sentido fazia todo o sentido!

Pois é. Verlaine e Rimbaud foram viciados “Ab-sinto”. Se brincarmos com a ortografia desta palavra, poderemos dizer que ela significa – “afastado do que sinto”. A nossa equipe inaugura uma nova espécie de embriaguês: com “Ad-sinto” – estamos, literalmente, “aos pés” do que sentimos.
Evoé!