quarta-feira, 11 de maio de 2011

FAÇA-SE LUZ!



Diferente dos demais signos teatrais, a iluminação é um procedimento bastante recente. Sua introdução no espetáculo teatral se deu apenas no séc XVII, ganhando fôlego com a descoberta da eletricidade. Entretanto, sua importância é bem antiga. Na Grécia, quando o teatro nasceu e cresceu enquanto arte, os profissionais se esforçavam para buscar lugares onde a luz natural fosse abundante, já que os espetáculos iniciavam pela manhã e às vezes acabavam à noite utilizando o fogo como recurso.
Hoje a iluminação faz toda a diferença. Pode ajudar a compor um bom cenário, pode dar ênfase a uma atuação e é tão importante para uma apresentação quanto os atores. É uma ferramenta de auxilio que, por instantes, pode virar protagonista de um espetáculo.” Claudia do Bem - iluminadora
IRMA VIDAL
A principal função da iluminação é delimitar o espaço cênico. Quando um facho de luz incide sobre um determinado ponto do palco, significa que é ali que a ação se desenrolará naquele momento. Além de delimitar o lugar da cena, a iluminação se encarrega de estabelecer relações entre o ator e os objetos criando atmosferas.
O equilíbrio entre sensibilidade e conhecimento técnico é indispensável para um bom profissional da área. E um bom profissional da área é aquele que sabe lidar com equipamentos e percepções dos mais básicos aos mais sofisticados, ser capaz de lidar com os claros e escuros, coloridos ou não que revelarão o que está além do que é visto apenas com os olhos.
Mas o que está escrito acima é apenas “o quê , “pra quê” e algo sobre “como”. A significativa diferença desta arte dá-se na dimensão do “quem”. Da pessoa que traduz, que cria os planos, desenvolve os mapas, que dimensiona os ângulos, que desmancha o todo em partes e novamente o reconstrói entre um efeito e outro. São seres observadores. Estão sempre com o pescoço esticado olhando pra cima ou olhando para baixo, entre dimensões insondáveis e rabiscos pouco inteligíveis. Estão ali para colocar os outros na luz. Não ficam para os aplausos.
A assinatura da nossa luz traz o nome de Irma Vidal. Porque o que é dado à vida é dado à luz. E neste gesto, há sempre algo de divino.

Faça-se!”

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